sexta-feira, 17 de julho de 2009

O livro, o educador e a leitura


“Silencioso: quer fechado ou aberto inclusive o que grita dentro;anônimo: só expõe o tombo, posto na estante;modesto: só se abre se alguém o abre.Mas apesar disso e apesar de paciente (deixa-se ler onde queiram), severo:exige que lhe extraiam, o interroguem;e jamais exala: fechado, mesmo aberto.”

(João Cabral de Mello Neto)


Prezado Educador,Você ainda avalia o rendimento de seus alunos com a prescrição de fichamentos ou com uma entediante série de perguntas e respostas? Talvez seja hora de reinventarmos a educação nacional, promovendo a construção de personalidades que não pertençam simplesmente a uma sociedade, mas que a questionem e a transformem.Para começar, precisamos transmitir, em sala de aula, nosso entusiasmo e paixão por leitura, primeira referência para que os alunos se sintam seduzidos pelo texto e se entreguem à criação. Cada experiência literária passa a funcionar como repertório particular de conhecimento, combustível e autonomia para as próximas gerações.Ao trabalhar projetos que privilegiam a Literatura na escola, estamos promovendo a emancipação do saber a partir de situações linguisticamente significativas, contextualizadas e interdisciplinares. As linguagens oral e escrita, leitura e produção de textos adquirem novas significações e atingem o campo afetivo do leitor, que se apropria da casualidade do lido como processo de formação.Os debates, a leitura crítica e comparativa de jornais, dramatizações, visitas à biblioteca e conversas com o autor são atividades recomendadas para se trabalhar o livro em sala, desenvolvendo no aluno a capacidade de pensar e crescer. Assim, devemos evitar a avaliação do rendimento da leitura por meio da Literatura, pois será inútil enquanto não tivermos alunos que encontrem o prazer no ato de ler. Os livros não podem servir de pretexto para serem, simplesmente, instrumentos de avaliação.




Na escola, uma prática de leitura intensa é necessária por diversos motivos, entre os quais:



Uma prática intensa de leitura na escola é, sobretudo, necessária, porque ler ensina a pensar o mundo com os olhos de outros. Ou ainda, porque o autêntico leitor consegue ler o que não existe (ou existe) entre uma página e outra da mesma folha.


Fonte : http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/

Um comentário:

  1. JOÃO CABRAL DE MELLO NETO, mesmo que quisesse, não conseguiria esconder sua arte.Suas palavras o entregariam.
    Abraço, Eudair.

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